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Promíscuos tombam, num tropel de corpos, de pernas, braçosBocas e cabelos, ancas e mãos, de línguas e gemidos...uivos de espasmo, seios e tremuras...Torcem-se os corpos, arfam e agitam-se, soergue-se e descaem, A pouco e pouco vão ficando plácidos...como que dormindo na difusa, anónima e divinaconfusão final...De súbito levantam-se, altíssimosao pé dos corpos que ainda jazem, trémulos...Recortam-se na luz que irisa a negridão dos sexosAs gargalhadas tinem pela praia clara, lambendo a areiaque fica suspensa no limiar do vento...Silvos ligeiros, lépidos, irónicosalisam pela praia o que ficou dos corposareia remexida, vagos moldes de ancas e torsos, calcanhares e braçose até gotas dispersas do vertido amor...Apenas o tinir das gargalhadas subsiste aindae o vulto que se espreguiça à beira da água...