19 January 2009


O Luar que incendeia a minha sombra, quebrando a janela onde eu viajo, grita a dor perfeita e silenciosa, ondulante e vazia, que risca o profundo céu…
Lá fora, na noite enfeitiçada, iluminada pelos góticos candeeiros que irradiam uma crepuscular luz que infesta a escuridão… sopra um vento fraco, vociferante, que tenta aclamar algo, ao som de um piano que morre na distante floresta…
Ouve-se então o entoar de um poema e as águas de um rio desconhecido que ainda alimentam as ruínas de um esquecido castelo… as paredes são ásperas… de pedra pura…
Sob algumas árvores, um intenso percurso de sons inteligíveis e pequenas vozes que, percebo, de um espaço vital… onde plenamente me integro…
Há um caminho que me seduz…