17 August 2010



Quando a Noite toca os meus pulsos despidos, dá-se em mim uma vida maior.
Desaperto os laços de uma senha oculta,
levo comigo essas estrelas negras, a dolorosa persistência da língua...
Em pleno silêncio de fogo, um grito de brilho pousa no corpo de sombras nómadas. Sinto a volúpia do sangue, caindo, pingo a pingo, num abismo de orvalho... O travo nocturno da carne...
e em ondas de medo e fascínio, rebento-me azul...
Sou o que me rodeia.



Imagem: Tomas Rücker
A ouvir: Therion . "The Siren of The Woods"