2 April 2009

Ruínas em Ruína



Rangiam os soalhos arqueados da temporalidade,
fracturas de uma eternidade,
uivos agrestes de vozes mortas que trespassavam,
pelas janelas se libertavam,
musgos adornantes de escadarias infinitas,
em mesclas de silvas interditas,
lareiras esventradas em telidez permanente,
em inexistência de faúlha consequente.

Túmulos de jardins excelsos em ruínas imponentes,
afagâncias inóspitas de ventos estridentes,
refúgios de almas decompostas em eternização,
simbioses de calmaria na extensa solidão.

Cortinas bailantes ao luar outrora presentes,
extinção das danças pelas vidas dissidentes,
colorações em inexistência nas vagas imensidões,
singelos espaçamentos nas presentes depurações.

Penumbras de corredores silenciosamente desolados,
obscuridades de tormentos indagados,
nas tempestades de inexistências,
se volatizam as vivências...



Autor: Bruno Resende in "Khaos Poeticum"
A ouvir: Rammstein
Imagem: Glauco Dattini

3 comments:

  1. Leto,

    Eu também... gosto da vida que nelas se adivinha...

    Kisss...



    0.04,

    Kisssss...;)

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