9 August 2009


E se for meu o silêncio que por vezes se repercute, um vácuo esparsamente preenchido, por cima de outros mundos... um espaço desfeito, como uma gota de luar nas mãos...
Tomba por mim dentro a sombra da árvore, como um corpo que discreto me fecunda...
Nado na água da poesia e a terra do meu corpo, húmida, cumpre-se em palavras.
Deixem-me ficar aqui, no silêncio assombrado e subir ás árvores e viver aí, saboreando o azedo visceral da inquietude.



A ouvir:"Black Swans" - Lacrimas Profundere
Imagem: Claus Rebrow

7 comments:

  1. As raízes são silhuetas da Alma, conseguem no seu trilho criar a "água da poesia"

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  2. ...calo-me perante a tua escrita!És a serenidade em pessoa! Pelo menos na escrita.

    Fica bem!

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  3. Um abraço grande,bruxinha linda :)

    (voltarei quando escrever voltar a ser terapêutico.quando esse dia chegar,aviso,claro)

    lysa

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  4. A tormenta de uma alma inquieta...

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  5. conheço estes domínios como a palma da minha mão

    encontrar-me no bosque virtual das tuas palavras

    [ e como diz Octávio Paz, "A figueira é um emparedado vivo"].

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