
18 December 2008
6 December 2008
4 December 2008

1 December 2008

30 November 2008
23 November 2008
17 November 2008

as árvores são as mais luxuosas
portas do terror...
Despertam tépidos mistérios
subitamente iluminadas
por uma luz devastadora,
irresistível!...
Como um grito de brilho
no meio do silêncio...
Seres nocturnos persistem
como sinais de fumo
no ar...
no coração das trevas...
Palavras de Outono

No perfume leve e quente do Outono
Colhemos o odor das amoras,
O ruído dos insectos
que nos ensinam a limpidez do vento
que nos desperta palavras puras...
Respiramos o aroma vegetal,
o silêncio do fogo em volúveis labaredas
e a música do orvalho...
Quando sabemos que é dentro de nós
que a beleza principia...
* * * * |
10 November 2008
18 October 2008
O Perfume do Abismo

3 October 2008
22 September 2008
Nocturna
No embarque do sono...
Alucinante
Visionária
No desespero da utopia.
Libertária
Aventureira
Sexo imaculado
No libertar da loucura...
19 September 2008
Hummm...
"(...) A sua loucura tomava dimensões exorbitantes, coexistindo miscívelmente com a sanidade, formando um labirinto de situações e pensamentos fundidos com a consciência e a inconsciência. Não percebia padrões. Eles talvez nem existissem. As visões apanhavam a insanidade mental enquanto estavam fisicamente em contacto real. Os sonhos inexistiam na coerência real, mas brotavam da mais profunda reflexão racional. A tudo lhe foi possivel sobreviver, excepto à fusão final da loucura com a realidade. Agora apenas deixava o tempo passar diante dos seus sentidos e pensamentos esperando pacientemente pelas mudanças que saberia que não iriam aparecer. Esperar o inesperado. Objectivar com o resultado de uma profecia que nunca se iria concretizar. Tudo era a a única forma de se ser aquilo que se é. (...)
"Excerto do livro "Subterfúgios" de Bruno Miguel Resende.
http://liverdades.blogspot.com
Loucura... Why not?
-Antonin Artaud-
10 September 2008
A Loucura
"E o que é um autêntico louco? É um homem que preferiu ficar louco, no sentido socialmente aceite, em vez de trair uma determinada idéia superior de honra humana. Assim, a sociedade mandou estrangular nos seus manicómios todos aqueles dos quais queria desembaraçar-se ou defender-se, porque se recusaram a ser cúmplices em algumas imensas sujeiras. Pois o louco é o homem que a sociedade não quer ouvir e que é impedido de enunciar certas verdades intoleráveis."
(De Antonin Artaud - louco, marginalizado e incompreendido enquanto viveu)
25 August 2008
A Dream
A Dream In visions of the dark night I have dreamed of joy departed- But a waking dream of life and light Hath left me broken-hearted. Ah! what is not a dream by day To him whose eyes are cast On things around him with a ray Turned back upon the past? That holy dream- that holy dream, While all the world were chiding, Hath cheered me as a lovely beam A lonely spirit guiding. What though that light, thro' storm and night, So trembled from afar- What could there be more purely bright In Truth's day-star? -Edgar Allan Poe- |
27 July 2008
O Silêncio da Noite
8 July 2008
10 June 2008

Promíscuos tombam, num tropel de corpos, de pernas, braços
Bocas e cabelos, ancas e mãos, de línguas e gemidos...
uivos de espasmo, seios e tremuras...
Torcem-se os corpos, arfam e agitam-se, soergue-se e descaem,
A pouco e pouco vão ficando plácidos...
como que dormindo na difusa, anónima e divina
confusão final...
De súbito levantam-se, altíssimos
ao pé dos corpos que ainda jazem, trémulos...
Recortam-se na luz que irisa a negridão dos sexos
As gargalhadas tinem pela praia clara, lambendo a areia
que fica suspensa no limiar do vento...
Silvos ligeiros, lépidos, irónicos
alisam pela praia o que ficou dos corpos
areia remexida, vagos moldes de ancas e torsos,
calcanhares e braços
e até gotas dispersas do vertido amor...
Apenas o tinir das gargalhadas subsiste ainda
e o vulto que se espreguiça à beira da água...
20 May 2008
Manufacturamos Realidades
